Parodiando aquelas colunas de jornal de interior, bola branca e bola preta, ou qualquer coisa que o valha. Porque a vida burguesa-medíocre se mede sempre do mesmo jeito.
Bola branca: Damien Rice, comédias românticas, pipoca, passear com cachorro, tomar banho quente e demorado, quarto limpo e cama arrumada, dormir sem preocupar com hora para acordar, meia-entrada com um quilo de alimento.
Bola preta: Homem da pamonha, filme que agarra no dvd, xarope para tosse, não ter cachorro para passear, vizinha no seu quarto toda noite, gente que insiste em tomar conta da vida dos outros (isso não é coisa de cidade do interior?), saber que você é um "cliente de alto risco" segundo o supermercado, chuva nas tardes do fim de semana, falta de dinheiro.
Ando numa fase bolas-pretas.
*Peço desculpas ao Maven, meu leitor fiel, pela demora em escrever, mas um trabalho de faculdade tomou o pouco tempo que tenho livre. Aproveito para explicar que um cachorro se adapta bem em apartamento sim, e que o fato de ele morar em um espaço menor no fim acaba sendo pretexto para caminhadas e afins. Por Marcelo Belico, às
5:41 PM.
terça-feira, setembro 13
116. mamma mia
Muito do que sou devo à minha mãe, isso é sempre (muito) claro para qualquer um. Até o jeito às vezes calmo às vezes nem tanto de cuidar da vida. A minha mãe é como qualquer outra mãe, que já está com os filhos praticamente criados, só que não deixou de pensar (nem vai) que temos seis ou sete anos. E temos histórias divertidas. Como a de hoje, por telefone:
- Mãe, tudo bem? - Tudo. Conversei com a sua prima sobre o cachorro. O dela é macho, mas eu vou arranjar uma fêmea e mandar fazer um filhote pra você. - Tá bom. - Mandei sua irmã e seu irmão olharem os cachorros na rua e ver quem tem alguma cadela pra cruzar. - Tá bom. - E o seu pai? Tá bem? - Ele quer sair essa semana. - Ah não, ele não pode sair assim quando quiser, manda o médico deixar ele aí até o dia 20 pelo menos. - Mãe, na hora da visita o médico não está lá. - Ah eu vou aí conversar com esse médico.
Precisa-se urgentemente de uma cama e um chá forte para a gripe. De um vaporizador, de uma peneira para leite fervido, de um tylenol e de massagem nos pés. De duas balas de hortelã, de vick no peito, de um banho de banheira.
Adoecer é um método cruel de chantagem emocional. Por Marcelo Belico, às
1:22 PM.
terça-feira, setembro 6
114. mens sana
É desconfortável olhar o espelho e ver algumas marcas no rosto que já eram para ter ido embora, como uma espinha mal curada, alguns cravos no nariz e um pêlo encravado. Principalmente porque sou daqueles que mexem em tudo sem dó. Só que agora a automutilação demora mais que um par de dias para passar. A regeneração rápida é privilégio de poucos.
Um pequena novidade. Agora esse blog tem um link lá em cima para o openmind. É um site de conscientização para acabar com essas coisas de preconceito, discriminação, homofobia, que acabei encontrando em uma de minhas pesquisas para um trabalho de faculdade. Inspirado naquelas pulseiras tão na-moda hoje em dia mas que ainda não tive coragem de pôr (principalmente depois que vi uma promocional de uma marca de tênis). Por Marcelo Belico, às
12:01 AM.